A senhora da bilheteira provavelmente não engraçou comigo e deve ter sido por isso que me vendeu um bilhete para o lugar 13 da fila 13. Esse deveria ser sempre o último lugar a ser vendido em qualquer sala de espectáculos.
Escusado será dizer que não consegui ver o filme descansado. Quem o conseguiria sabendo das forças ocultas que se escondem na cadeira 13 da fila 13?
Passei o filme todo à espera que a senhora do lado esquerdo deixasse cair o balde de pipocas para o meu lado, que o senhor do lado direito entornasse a sua Coca-cola sobre mim, que o puto da fila de trás começasse a dar pontapés nas costas da minha cadeira ou que o gordo da frente soltasse um violento flato.
Nada disso aconteceu.
Vou é fazer como o outro e deixar de ser supersticioso, porque isso dá azar!
Nota: Muito me admirei que os espanhóis, com a sua mania das dobragens e de traduzir tudo, não tivessem traduzido o nome do filme para Miguel Cláudio. Acho um nome bem mais engraçado que Michael Clayton.
1 comentário:
A superstição está-te no sangue pelo lado do Avô Eduardo.
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