sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Hasta ahora!

Queridos leitores,

Amanhã regresso a Lisboa para uma pausa nesta minha aventura por terras inimigas.

Vou a Lisboa passar a Noche Buena e a Noche Vieja, que é como quem diz em espanhol, a véspera de Natal e a véspera de Ano Novo. Estes tipos têm coisas engraçadas.
E depois só abrem as prendas no dia 6, que também tem a sua lógica, embora eu discorde. Lá porque os Reis Magos se atrasaram, não quer dizer que nós dêmos as prendas atrasadas também. Se os Reis Magos se atirassem a um poço, eu não iria fazer o mesmo (isto para utilizar o exemplo dado por todos os adultos às crianças perante questões como esta).
Ademais (não sei se existe esta palavra em português, mas, se não existe devia existir porque gosto), assim, na Passagem de Ano não se pode estrear as roupas que se recebe no Natal.

Continuando com o meu regresso a Lisboa…

Parece-me pouco lógico que uma coisa chamada Crónicas de Madrid seja escrita a partir de Lisboa e, portanto, este blog vai sofrer uma pausa. Talvez aqui vá deixando um comentário ou outro esporadicamente, mas se eu fosse a si, caro leitor, não contava muito com isso. No entanto, não me retire dos Favoritos e marque já na sua agenda o regresso das Crónicas de Madrid para dia 8 de Janeiro.

Aproveito, então, para lhe desejar desde já um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo.

Uma das razões porque gosto desta época é poder usar a palavra “Próspero”, que no resto do ano é esquecida, tal como as resoluções de Ano Novo. É uma pena. Há palavras assim, com uma forte componente sazonal, como a procura dos guarda-chuvas.

Despeço-me, mas isto não é um Adeus, é um “Até já” ou um “Até agora”, como eles dizem aqui!

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

O nº 13 e o Miguel Cláudio

Noutro dia fui ver a película "Michael Clayton" ao cinema.

A senhora da bilheteira provavelmente não engraçou comigo e deve ter sido por isso que me vendeu um bilhete para o lugar 13 da fila 13. Esse deveria ser sempre o último lugar a ser vendido em qualquer sala de espectáculos.

Escusado será dizer que não consegui ver o filme descansado. Quem o conseguiria sabendo das forças ocultas que se escondem na cadeira 13 da fila 13?
Passei o filme todo à espera que a senhora do lado esquerdo deixasse cair o balde de pipocas para o meu lado, que o senhor do lado direito entornasse a sua Coca-cola sobre mim, que o puto da fila de trás começasse a dar pontapés nas costas da minha cadeira ou que o gordo da frente soltasse um violento flato.

Nada disso aconteceu.

Vou é fazer como o outro e deixar de ser supersticioso, porque isso dá azar!

Nota: Muito me admirei que os espanhóis, com a sua mania das dobragens e de traduzir tudo, não tivessem traduzido o nome do filme para Miguel Cláudio. Acho um nome bem mais engraçado que Michael Clayton.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Monopólios, raças e aventuras

Toda a gente sabe que em Lisboa quem controla o negócio da venda de flores na noite são aqueles senhores que vêm lá do Bangladesh e que, onde quer que estejamos, nos aparecem sempre com um ramo de flores e perguntam:

- Qué frô?

Ao que nós gentilmente respondemos:

- Não obrigado, caro senhor do Paquistão.

- Qué frô? 50 cent!

- Não, obrigado.

- 30 cent!

- Não!

- 10!

- JÁ DISSE QUE NÃO PORRA!

Mas como estava a dizer, estes senhores lá das Índias têm o monopólio da venda de flores na noite lisboeta.

Mudam-se as cidades, mudam-se as raças e respectivos monopólios (Se bem que desconfio que em todas as cidades do mundo são os chineses que dominam as lojas dos 300$). Mas tirando os chineses, mudam-se as cidades, mudam-se as raças e respectivos monopólios.

Aqui em Madrid quem detém o monopólio dos cd e dvd piratas são os pretos (ou negros ou até mesmo “pessoas de cor”, consoante a sensibilidade do leitor). Em cada rua lá estão eles com as suas bancas improvisadas, tentando ganhar a vida.


Bem, agora que já enquadrei o estimado blogoespectador no contexto dos monopólios raciais de Madrid, passo, sem mais demoras, a relatar-lhe o que me sucedeu há uns dias.

Ia eu tranquilamente a passear numa rua do centro de Madrid, olhando as montras e trauteando a música do Rui Veloso, “Não há estrelas no céu”, quando, de repente, um grupo de 10 a 15 pretos dobra a esquina, correndo desalmadamente e com um ar de terror estampado nos rostos, como se perseguidos por um leão em África.

Estaquei.

Os pensamentos voavam dentro da minha cabeça: “Para mim hoje é Janeiro… de que fogem? Está um frio de rachar… que pode ser tão terrível para assustar assim aqueles senhores? Parece que o mundo inteiro… Um leão? Um bombista suicida? A Odete Santos toda nua? Se uniu para me tramar. Vou espreitar!” Decidi.

E assim, num assomo de coragem e inconsciência, que às vezes se confundem, dobrei eu próprio aquela esquina para ver que monstros horrendos estariam lá do outro lado.

Olhei curioso e… lá estava ele!


Um polícia.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Déjà vu

Apanhei este senhor a imitar os funcionários públicos portugueses!

domingo, 16 de dezembro de 2007

Real Madrid 2 - 0 Osasuna

Festejos do 1º golo do Real Madrid


Lá no estádio encontrei um "velho" conhecido:


O vermelho não lhe fica nada bem.

sábado, 15 de dezembro de 2007

Iglesia Evangélica Cuerpo de Cristo

Depois da piada ordinária de ontem, cá vai um post para me redimir.


Na Plaza Mayor estavam a fazer uma espécie de missa da Iglesia Evangélica Cuerpo de Cristo. Uns tipos faziam uns discursos sobre Jesus e a forma com deu a vida por nós e tal e, pelo meio, havia uns momentos musicais.

Não vibrei tanto como a mulher que estava à minha frente a cantar erguendo os braços em direcção ao Senhor, foi pena.

Mesmo assim, gostei. Tenho de ir mais vezes, a ver se aprendo as letras das músicas, para me poder juntar à roda e cantar alegremente.

Ámen.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

CUltura

Junto à Plaza de Castilla está uma exposição interessante:

Madrid é, sem dúvida, uma cidade de muita cultura.


E como podem reparar pelas fotos, a entrada é livre...

Resta saber se é a entrada na exposição ou nos ditos...


Nota: Com esta "piada" o blog bateu no fundo. Peço desculpa.
Agora só pode melhorar.


quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Cinema

"Kinepolis" é latim (ou será grego?). Significa "Cidade do Cinema".

Que em espanhol é:

E em inglês é:

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Vomitório

Esta foto foi tirada no Vicente Calderón, quando lá fui ver o Atlético - Vilarreal:
Eu compreendo que não é nada agradável ver o Simão jogar, mas ter um vomitório no estádio parece-me exagerado.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Diminutivos

É uma regra universal que se aplica em qualquer país e em qualquer língua: Nomes próprios com 3 ou mais sílabas têm sempre um diminutivo. Sempre.

Há os nomes que têm diminutivos oficiais e consagrados e reconhecidos por toda a gente como é o caso de Eduardo. O diminutivo de Eduardo é Dudu. Toda a gente sabe. (E não dei este exemplo por acaso. Dei-o, por ser um caso em que tanto a versão longa do nome como a diminutiva são particularmente bonitas e viris.)

Há muitos outros nomes com diminutivos universalmente reconhecidos como são os casos de Joaquim – Quim, Francisco – Chico ou Alberto – Berto. (Embora nenhum destes alcance a graciosidade de Eduardo – Dudu).

Depois há os outros nomes que, tendo 3 ou mais sílabas, não têm um diminutivo oficial e nesse caso o diminutivo ficará ao gosto dos amigos. É por este processo que a Catarina se transforma em Cat ou Tina, que a Patrícia passa a Tixa e que o Filipe passa a Fi, por exemplo.

Há nomes particularmente perigosos para diminutivar como é o caso de Constança que corre sempre o risco de passar a Tansa. (Beijinhos para a minha prima Tátá!)


Esta introdução toda foi só para agora poder criticar os espanhóis!

O diminutivo de Francisco aqui é Paco. Não se percebe muito bem porquê, mas tudo bem, é um diminutivo.

O mais estranho é que o diminutivo de José é… Pepe!

Acho que os espanhóis não perceberam bem o objectivo dos diminutivos. Diminutivo -> Diminuir! Não é fazer uma palavra diferente com o mesmo número de letras e sílabas!

Tenho de explicar tudo?

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Caro leitor,

não estou zangado consigo.

A explicação para que eu, súbita e inexplicavelmente, tenha deixado de escrever aqui, não a vou explicar, porque senão não seria inexplicável.

Deixei de escrever. É um facto. Não porque tenha perdido a capacidade de disparatar e produzir e reproduzir aqui parvoíces à cadência assombrosa a que vos habituei nos últimos 2 meses da nossa salutar convivência.
Limitei-me a guardar as minhas ideias e pensamentos estapafúrdios para mim mesmo.

Acontece que neste momento já estou a transbordar de parvoíce.

Por isso, vou retomar a escrita neste bonito blog, depois destas 2 semanas de acalmia.

A bonança chegou ao fim! Uma tempestade de posts abater-se-á sobre este blog! Chorrilhos de disparates! Trovões de ironia! Raios de patetice! E uma enorme chuva de piadas secas!

Até já!

sábado, 1 de dezembro de 2007

1º de Dezembro

Viva a Independência! Viva!